terça-feira, 30 de abril de 2019

PASTOR TRABALHA?

Sempre quando visito algum estabelecimento comercial e por motivo necessário me apresento como pastor, me é feita a seguinte pergunta: Você tem algum trabalho além de ser pastor? Normalmente reajo com bom humor e respondo educadamente, que o pastorado é o meu único ofício. Essa pergunta muitas vezes, revela falta de informação das pessoas a respeito da função pastoral. Geralmente a indagação é feita por pessoas que fazem parte da igreja. É quase que geral a compreensão de que pastores são pessoas que levam a vida na maciota e que enriquecem as custas dos outros. Inclusive há pessoas que aspiram o pastorado por acreditarem nisso. Confesso que me entristeço profundamente quando percebo esse tipo de pensamento por parte das pessoas. O pastorado não é uma profissão! O pastorado é uma função exercida no contexto de uma comunidade cristã local. Pastores são pessoas chamadas por Deus e reconhecidas pelo corpo local para exercerem a nobre função de cuidar, encorajar, instruir e liderar os fiéis. O ofício pastoral é gratificante, mas, ao mesmo tempo trabalhoso e esgotante. Em setembro de 2015, o site norte-americano Business Insider, com a ajuda do instituto de pesquisas de mercado de trabalho Bureau o Labor Statistic[1], levantou as profissões mais estressantes. Ou seja: profissionais que estão expostos a altos níveis de estresse, pressão ou trabalham em um ambiente hostil. A função do líder religioso ficou entre as mais desgastantes. Isso acontece porque um líder religioso (no caso o pastor) é alguém que além do tempo semanal de expediente em sua igreja local (sim, pastores tem horário de expediente), trabalha a todo tempo e precisa estar disponível a qualquer hora. Pastores aconselham casais que estão a beira do divórcio. Oficiam funerais, cerimônias de casamento, apresentam crianças e visitam os enfermos. Pastores são surpreendidos de madrugada muitas vezes, por telefonemas de pessoas desesperadas. O pastor precisa ser de tudo um pouco; de psicólogo a consultor financeiro. Afora essas tarefas rotineiras do ofício pastoral, o pastor precisa encontrar tempo para se dedicar à organização da igreja e ao estudo da Bíblia e a oração, o que demandam muito tempo, dedicação e esforço. Isso é apenas um resumo sem detalhamentos da rotina de um pastor. Pastores trabalham e trabalham muito. Espero que após a leitura deste pequeno texto, ao encontrar um pastor, você não lhe faça a pergunta que sempre ouço das pessoas: Você tem algum trabalho além de ser pastor?”.


NOTAS

Foto: UNSPLASH (2019)

[1] Texto digital, Disponível em:


<http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/conheca-as-20-profissoes-mais-estressantes-nos-eua> (Acessado em: 30 de abril de 2019)

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A DESCOBERTA QUE ME FEZ BOCEJAR...

Hoje ao abrir uma grande revista de nosso país, me deparei com uma matéria que gerou em mim um bocejo daqueles bem entediantes. A matéria se referia a descoberta, na África do Sul, de uma espécie do gênero humano, que pode revolucionar a forma como se tem compreendido a "evolução" do homem [1]. Escrevi a palavra evolução entre apas propositalmente, pois a  macro evolução do homem assim como de animais e plantas, não passa de uma teoria que em mim gera bocejos. Homo Naledi como é chamado o fóssil encontrado na África do Sul, que segundo os cientistas e arqueólogos pode ser a ponte que separa hominídeos de humanos, com certeza é mais uma conjectura bem intencionada dos cientistas evolucionistas para tentar completar a peça do quebra-cabeça da teoria da evolução que nunca se fecha. Em outras épocas notícias promissoras como essas surgiram e todos esperavam que o "elo perdido" de Darwin viesse a tona. Todos os achados antecedentes ao Homo Naledi, provaram ser apenas conjecturas para não dizer "farsas". Foi uma enxurrada de "Australopithecus". Todos esses achados fósseis surgiram com a mesma força do Homo Naledi, mas no final das contas não passavam de enganos ou de fósseis forjados, como o foi o caso do Homem de Piltdown. Uma pequena pesquisa no Google fonecerá as informações comprobatórias ao que estou dizendo. Sei que as formas transicionais das espécies estão em aberto, pois na Ciência, enquanto a tempo há esperança. Um evolucionista que ler essas palavras e souber que sou cristão, será tentado a fazer uma crítica comparativa com o Cristianismo. Ele dirá: "Assim como os cristãos acreditam na ressurreição e na segunda volta de Cristo, e a não aparição de Cristo não invalida a fidedignidade de sua crença, também a não descoberta de uma forma transicional não invalida a Evolução". Sim, sou forçado a concordar. Na verdade, tudo se baseia na fé e na esperança. Enquanto isso, eu viro mais uma página da minha revista e dou mais um bocejo... Siga o Cristo crucificado!

NOTAS

[1] Texto digital, Disponível em:

<http://veja.abril.com.br/ciencia/descoberta-do-homo-naledi-mostra-que-e-preciso-rever-toda-a-evolucao-humana/> (Acessado em: 15 de setembro de 2015)

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

OVERPARENTING: A DOENTIA RELAÇÃO DOS PAIS COM SEUS FILHOS.

Hoje pela manhã ao abrir a revista Veja, me deparei (em suas páginas amarelas), com a entrevista de Julie Lythcott-Haims,  ex-reitora da Universidade Stanford, falando sobre o fenômeno da obsessão dos pais em guiar a proteger seus filhos, o chamado overparenting. Li a entrevista e acredito que o fenômeno ganhou contornos globais, pois aqui em Piracicaba, no contexto no qual me encontro, identifico essa realidade. No meu trabalho religioso com adolescentes tenho presenciado o fenômeno overparenting. São pais que superprotegem seus filhos a ponto de torná-los nulos em suas decisões e ações. Por exemplo, conheço meninos de 17 anos que nunca circularam sozinhos dentro de um transporte coletivo. Parece estórinha, mas é verdade. Na minha experiência relacional com os adolescentes da presente geração, cheguei aos seguintes dados estatísticos: 99% das meninas de 15 anos não sabem cozinhar; sequer sabem fritar um ovo. 90% dos meninos de 16 anos nunca arrumaram o próprio quarto. Na minha época (quem diria que um dia diria "na minha época" rsrsr), as meninas de 15 anos ajudavam seus pais em algumas tarefas domésticas. Os meninos de 16 anos, em sua grande maioria, pensavam em arrumar um emprego e ter seu próprio dinheiro. Hoje, os adolescentes, quase e em sua totalidade, são irresponsáveis. Isso se deve não somente a constante presença da tecnologia, mas sobretudo, por conta da  intervenção dos pais na vida dos seus filhos. Segundo os estudos de Julie Lythcott-Haims, a atitude superprotetora dos pais em relação aos filhos, gera  adultos infantilizados. No Brasil essa geração de "adultos crianças" é conhecida como "geração canguru", composta de adultos de 25 a 34 anos que ainda moram com os pais. Isso é um retardamento social e os principais responsáveis são os pais que superdirecionam e superajudam seus filhos. No mundo hiperconectado em que estamos, tudo concorre para que os adolescentes se tornem apáticos, medrosos e irresponsáveis. A tendência natural das coisas é o quadro piorar. Assim como a ex-reitora da Universidade Stanford, acredito que os pais são chave na modificação dessa situação e na interrupção dessa triste tendência. O meu apelo aos pais de adolescentes é que não superprotejam seus filhos. Deixe-os sofrer por suas más decisões, para que dessa forma cresçam e aprendam a se emancipar como futuros adultos numa sociedade que implica muitas demandas e decisões. Imponha tarefas cotidianas aos seus filhos. Isso lhes introjetará um senso de responsabilidade e de satisfação interior. Antes que me questionem com qual experiência estou dizendo tais coisas, lhes respondo: com a experiência de alguém que não foi superprotegido pelos pais. Hoje, graças a Deus e a atitude deles, sou um cidadão de bem. Siga o Cristo crucificado!

sexta-feira, 9 de maio de 2014

UM VENENO CHAMADO INVEJA...

Um tema que tem chamado a minha atenção nos últimos tempos, é a inveja. Sinceramente, sei que não estou imune a ela, mas a evidência do aumento de atitudes de inveja (sobretudo nas redes sociais on-line), tem me intrigado. Resolvi escrever este texto, para expressar minha preocupação e quem sabe, alertar muitos, desse mal chamado inveja. Para começo de conversa, precisamos entender basicamente o que é a inveja. Segundo a definição de muitos profissionais da área terapêutica, inveja ou invídia, é um sentimento de tristeza perante o que o outro tem e própria pessoa não tem. Em outras palavras, inveja é um sentimento ruim, que leva as pessoas a se entristecerem com as qualidades, conquistas e posses de outrem. A meu ver, a inveja é o pecado mais sutil e sorrateiro de que se possa ter ideia. Digo isso pois, muitos não terão dificuldade alguma em confessar ou admitir qualquer tipo de pecado, afora a inveja. Nunca vi alguém afirmar: "Sou invejoso!". Salvas algumas exceções, não temos muito problema em assumir que somos mentirosos, avarentos, preguiçosos ou maledicentes. Agora, confessar que somos invejosos é outra história... A admissão de tal realidade quebra o nosso orgulho e nos humilha. A grande verdade é que muitos de nós abrigamos inveja em nossos corações. Sustento essa afirmação, dando um belo e familiar exemplo. Dê um giro pelas redes sociais on-line e verás a inveja gotejando pelo visor de seu computador, tablet ou smartphone. São posts e mais posts carregados de críticas gratuitas e infundadas contra pessoas conhecidas por algum sucesso aparente. São comentários inflamados à posts despretensiosos. Como ouvi essa semana de um pastor, "O dedo tecla o que o coração está cheio". De fato essa frase é a melhor paráfrase que conheço (em dias atuais) das palavras de Jesus, que diz que botamos para fora aquilo de que o nosso coração se encontra cheio. A inveja é um pecado do espírito, ou como disse o Papa Gregório I (Catalogador dos 7 Pecados Capitais), um pecado frio, que não se expressa ou se manifesta na carne. Ou seja: é um pecado que pode ser ocultado facilmente com uma peja de humildade, mas que destrói por dentro. Salomão, o grande sábio, disse em um dos seus provérbios, que a inveja é a podridão dos ossos do próprio invejoso. Isso tudo que estou escrevendo, volto a dizer, é para expressar a minha indignação em relação a massificação de atitudes de inveja, sobretudo nas redes sociais e também para alertar quem quer que seja, sobre esse mal. Termino, convidando você a uma sincera reflexão sobre esse tema. Podemos fazer isso com algumas perguntas básicas. Por exemplo:  "Você sinceramente se alegra com o sucesso de pessoas próximas ou isso te desmotiva? Você é alguém que elogia gratuitamente os outros pelos seus feitos, qualidades e conquistas ou tem maior tendência em ver defeitos e erros nas façanhas alheias?"  E por último: "Você é alguém que se sente motivado a crescer pessoalmente com as vitórias alheias ou se irrita quando alguém compartilha ou posta em rede social, algum tipo de vitória pessoal?" Se as suas respostas afirmativas estiverem calcadas apenas nas segundas perguntas, sem sombras de dúvidas, você foi mordido por esse mal chamado inveja. Siga o Cristo crucificado!    

segunda-feira, 24 de março de 2014

UMA CONVERSA LIBERTADORA!

No começo do ano de 2011, me matriculei num curso teológico na cidade de São Paulo. A experiência de adentrar um ambiente acadêmico e teológico, tem me desafiado a pensar de forma autêntica aquilo que todo mundo comumente pensa. A própria essência do labor teológico  é o pensamento autentico e pratico onde se organiza aquilo que se pensa sobre Deus, o homem e a relação Deus/homem. Um dos assuntos sobre os quais mais tenho pensado é sobre a vontade e soberania de Deus. Desde muito cedo, aprendi na escola bíblica dominical, que Deus tem uma vontade específica para todas as pessoas e que, o grande segredo da vida, seria o descobrimento e a experimentação dessa vontade. Seguindo esse conceito teológico, é que muitos jovens ainda hoje, oram juntos antes de namorar, e se descabelam para escolher uma profissão. No ano de 2007 chegou em minhas mãos o livro: “Como fazer  e compreender a vontade de Deus”, dos autores,  Garry Friessen e Robin Maxson. Para mim, ler esse livro, foi como ter tirado uma venda dos olhos, sobretudo no que diz respeito a esse assunto da vontade de Deus.  Segundo os seus autores, a vontade de Deus para nós, é que andemos em seus caminhos em concordância com a sua Palavra. O que passar disso, é decisão pessoal de cada um. Portanto, se hipoteticamente estou querendo namorar, e tenho como opções, duas moças, sendo uma loira e a outra, uma moreninha, não devo orar a Deus pedindo esclarecimento sobre qual delas é a opção correta para mim. O que preciso fazer numa situação dessas, é escolher  a opção que melhor se encaixa no meu perfil. Deus não me castigará se eu optar por aquela que mais me agrada. A vontade de Deus sempre passará pelo o crivo de nossas escolhas, diz Garry Friessen e Robin Maxson. Após o contato com essa obra teológica, me senti mais leve e mais desencanado em relação a vontade de Deus para minha vida. Mas, ainda assim guardei algumas dúvidas e suspeitas em relação a esse assunto. Uma grande dúvida que ainda continuei abrigando na mente e no coração, foi sobre a relação entre soberania de Deus e o livre-arbítrio humano. “Se Deus está sujeito as minhas escolhas e decisões pessoais, então Deus está preso a postulados teológicos e por definição ele não é soberano”. Essa era a minha suspeita em relação a essa forma de se pensar a vontade de Deus. Entendi o conceito da vontade de Deus expresso no livro “Como fazer  e compreender a vontade de Deus”, como sendo o mais bíblico e racional. Mas, ainda não estava disposto a amarrar Deus nesse posicionamento teológico. A minha libertação, ou seja, o esclarecimento das minhas dúvidas e suspeitas, se deu por meio de uma conversa libertadora que tive com um grande amigo, há  uns quatro anos. Estávamos saindo de uma culto de domingo, em nossa igreja e enquanto conversávamos no caminho de volta para casa, chegamos ao assunto da vontade de Deus. Naquele momento, uma "ficha caiu" na minha mente, e assim, amadureci as minhas idéias e conceitos a respeito do tema, chegando a algumas conclusões. As conclusões a que cheguei foram as seguintes: Deus quer que tomemos decisões sérias e maduras e para nos ajudar nesse processo, ele escolheu respeitar o nosso livre-arbítrio. Inferi também, que a vontade de Deus está envolta por um paradoxo. Deus comumente não opera através de uma vontade específica, mas em muitos casos, ele assim o faz. Deus é soberano. Sua soberania implica em desfazer regras e postulados teológicos. Ele é o Deus que lhe permite escolher a loira ou a moreninha, abençoando-o independente de qual seja a sua escolha. Mas, ele também é o Deus que direciona você a escolher a loira ou a moreninha, abençoando-o conforme a sua escolha. Pense e amadureça, mas, não tente prender Deus em nenhuma doutrina ou regra teológica. Lembre-se: Deus não pode ser estudado! Siga o Cristo crucificado!    

segunda-feira, 1 de julho de 2013

NINGUÉM MUDA! ESSA É A VERDADE!

Sou considerado por muitos como alguém extremamente extrovertido. Gosto muito de falar, e quando falo, o faço em tom alto, gesticulando e interpretando o que digo. Este sou eu! À longo prazo, não consigo me relacionar pelas vias da formalidade. Gosto de rir e de me divertir em meus relacionamentos. Hoje sou muito bem resolvido a respeito disso e me aceito tranquilamente, pois sei que Deus me ama e que me criou do jeito que sou. Mas isso não foi sempre assim. No início de minha adolescência enfrentei muitas lutas internas por ser extrovertido. Muitos reclamavam do meu jeito. As vezes eu tentava fazer greve de palavras, mas sempre que isso acontecia eu me sentia muito mal. Demorou algum tempo para eu entender que as mudanças que ocorriam em mim eram sempre comportamentais e nunca estruturais. Estruturalmente serei sempre alguém com a tendência de falar bastante. De forma alguma poderei me tornar uma pessoa introvertida. Deus me criou assim! As mudanças que em mim ocorrerão, serão sempre comportamentais. Posso com a ajuda de Deus, me tornar um pouco mais comedido no modo de me expressar, mas ainda sim, serei uma pessoa extrovertida. Não aceitar isso é lutar contra a minha própria natureza. Como disse acima, já fiz isso durante alguns anos e não deu certo. Era um tipo de automutilação. É muito ruim cometer automutilações. Dói muito, e no final das contas não resolve nada. Apenas nos sentimos mal, como um peixe que tenta sobreviver fora da água. Há muitos que por não entenderem isso, estão sofrendo automutilações. Vejo isso sempre. Pessoas tentando mudar suas próprias estruturas através de comportamentos. No fundo, acho isso muito engraçado. Dou risadas algumas vezes. Vejo caras sensíveis, posando de durões, pessoas extrovertidas fazendo grave de palavras e  seres introvertidos, dando uma de falastrões. Essas são as tentativas comportamentais de mudar as estruturas criadas por Deus. Essas tentativas só geram frustrações, legalismos e aprisionam a alma de qualquer pessoa. Precisamos fugir disso, aceitando-nos como somos. Você é você, quer queira, quer não queira. Se você é extrovertido igual a mim, será sempre extrovertido. Se você é introvertido, precisa aceitar a realidade de que sempre será assim. As mudanças que Deus realizará em nós serão sempre comportamentais, nunca estruturais. Baseado nisso é que digo: nunca vou mudar! Nunca vou mudar na minha estrutura, como pessoa falante, comunicativa. Em outros aspectos preciso de mudanças. Termino deixando um conselho para você: seja você mesmo; não queira ser alguém que você não é.  Siga o Cristo crucificado!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

SOLIDÃO: AMIGA DO PEITO

Há cinquenta anos atrás, não era muito comum encontrar multidões de pessoas solitárias. Naquela época, a dor de se sentir sozinho era gerada por distanciamento geográfica, por perda física de algum ente muito querido ou por alguma situação de aprisionamento ou exílio. Já nos dias de hoje, sentir-se solitário é coisa normal. Por causa da superficialidade que domina os relacionamentos interpessoais, é muito comum, sobretudo nas grandes megalópoles como São Paulo, tocar e se esbarrar em pessoas, sem contudo conhecê-las de fato. Uma ótima referência para esse padrão, é a realidade de um ônibus popular. Ali, pessoas se espremem e se esbarram, sem contudo se conhecerem. Infelizmente, a solidão tem se alastrado pela a nossa sociedade, e com o advento das redes sociais on-line, a  nossa sociedade entrou num processo chamado "massificação da solidão". Hoje, solidão não é apenas uma realidade individual, pois ganhou contornos plurais. Vivemos a solidão que alcança as massas. Esse tipo de solidão, nos leva a vivenciar uma realidade que eu costumo chamar de "encaramujamento da alma". A nossa alma se "encaramuja", pois nos fechamos para Deus, para o próximo e para nós mesmos. Vamos nos tornando como  pessoas de cera; esboçamos sorrisos plásticos, enquanto estamos com os corações endurecidos pela experiência do sentir-se só. Infelizmente esse é o quadro trágico no qual  coletivamente nos encontramos. Como disse o cantor Frejat, a solidão é a nossa amiga do peito. Quando eu olho para esse triste quadro da solidão, inevitavelmente me vem a mente os relatos bíblicos que realçam a forma como Deus lidava com o ser humano abandonado e solitário. Deus sempre se revelou a pessoas solitárias como o grande amigo que  lhes faltava. Foi assim com  Moisés, quando este se encontrava sozinho e sem perspectiva na terra de Midiã. Deus colocou sob sua presença, Zípora e seu pai Jetro. Deus se revelou com a sua presença confortadora a José, quando o mesmo estava preso injustamente numa masmorra. Ele  confortou José por meio do copeiro e do padeiro que também se encontravam lá. Deus se fez presente na vida de Davi, quando o temível rei Saul o perseguia. Jonatas foi o instrumento usado por  Deus na vida de Davi. Deus continua a se fazer presente na vida de todos aqueles que estão solitários. O interessante é que no ato de se fazer presente na vida de pessoas solitárias, Deus se faz presente por meio de outras pessoas. Pode ser que você esteja clamando pela presença confortadora de Deus, ou talvez você esteja questionando a presença de Deus em sua vida neste atual momento. Saiba: Deus está tentando aniquilar a sua solidão através de pessoas que se encontram próximas a você. Aproxime-se dessas pessoas e abra-se para a construção de relacionamentos profundos com elas. Siga o Cristo crucificado!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O MUNDO VAI ACABAR?

Na INTERNET, na TV ou até mesmo numa rodinha de bar, não há outra assunto em pauta; todos estão falando do vaticínio do final do mundo conforme uma interpretação do calendário Maia. Segundo tal interpretação do calendário Maia, o mundo (ou o ciclo histórico humano), chegará ao fim no dia 21 de dezembro de 2013. Desde quando esta notícia começou a circular pela mídia, muitas reações foram manifestas. A Rede Globo de televisão por exemplo, embarcou na onda e exibiu em tom satírico a mini-série “Como aproveitar o fim do mundo”, outros ao contrário, de forma muito séria, venderam suas propriedades e se afugentaram nas montanhas armazenando comida  para sobreviverem a possível aniquilação. O fato é que esta história toda de fim dos tempos foi uma grande jogada de marketing da grande mídia para viabilizar a venda de livros e materiais referentes ao tema e para render pautas em programas apelativos da TV. Seria uma grande insensatez acreditar na provável profecia Maia de que o mundo acabará nesta sexta-feira. Dezenas de previsões como esta já foram feitas no decorre da história humana. No ano de 1999 o mundo todo viveu um frisson com o vaticínio da catástrofe terráquea pelo alquimista ruim de data, Nostradamus. Nenhuma previsão humana é capaz de acertar a data do fim do mundo. A Bíblia fala sobre o final dos tempos, mas não estipula datas. O próprio Jesus disse que ninguém sabe a hora a não ser o Pai. A única coisa que a Bíblia explicita em relação a este assunto são os sinais da vinda de Cristo que findará a presente era. Sendo assim é uma grande besteira levar a sério anúncios catastróficos como o dos maias. Nessa sexta-feira o que vai terminar para mim é esta palhaçada que não tem tamanho e a qual eu não aguento mais ouvir por todos os cantos. Aproveite a sexta-feira, curta um happy hour, pois o mundo não vai acabar! Siga o Cristo crucificado!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

DEUS ESTÁ NO CONTROLE MESMO?




Esses dias comecei a ler sobre uma vertente teológica relativamente nova em nosso país, o movimento do “Teísmo Aberto”, também conhecido como "Teologia Relacional" ou Teologia do Processo". Segundo os teólogos do “Teísmo Aberto”, Deus só pode conhecer o que de fato existe, portanto, como o futuro não existe, Deus não pode conhecê-lo. Segundo esses teólogos, o futuro está em aberto, o que impossibilita Deus de ter controle sobre o futuro. Ao ler os argumentos e analisar o ponto de vista dos proponentes de tal movimento, minha mente e o meu coração aceitaram de forma mais apaixonada e convicta a realidade de que Deus, segundo as Escrituras Sagradas, é um Deus Soberano, ou seja, ele cuida de cada detalhe de nossas vidas e contempla o passado, presente e futuro, da perspectiva de alguém que numa arquibancada enxerga o bloco de carnaval passar, tendo acesso a todos os ângulos. Baseado principalmente nas Escrituras e secundariamente em minhas experiências pessoais, sou levado a crer que Deus é Soberano, Onisciente (sabe todas as coisas), Onipresente (está em todos os lugares ao mesmo tempo), Onipotente (tem todo o poder) e Onividente (vê tudo em todo lugar). Este é o Deus que eu sirvo. Um Deus que sempre levanta a plaquinha: “Eu já sabia!”. Viver com um Deus assim, nos tranquiliza e nos acalma, pois ele está no controle mesmo quando não sentimos. Termino com a frase de Agostinho de Hipona, que endossa a Soberania de Deus. Ele disse: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, até mesmo os seus pecados”. Siga o Cristo Crucificado!
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